domingo, 14 de setembro de 2008

Dicas de Português

Enquanto com o sentido de como: a não ser que se refira realmente ao tempo e não à condição, ao cargo, o correto é dizer como presidente, e não enquanto presidente.

Hífen X Travessão

Há quem faça confusão entre hífen e travessão. Aí vai a dica: o hífen é menor e só pode ser usado na separação das partes de uma palavra: decreto-lei, convenci-o, ex-diretor. O travessão é maior, sendo usado na introdução de diálogos e como sinal de pontuação. O erro mais freqüente é o que ocorre em relação ao uso dos espaços; enquanto o travessão requer espaço antes e depois, o hífen o dispensa.

Quê ou Quês / Que

Que e ques só podem ser acentuados nos seguintes casos:
Em final de frase exclamativa: Quê! (indicando espanto, estranheza).
Em final de frase interrogativa: Quê? (pergunta de quem não entendeu alguma coisa).
Quando se trata de substantivo: Ela tem um quê que agrada. Ela tem alguns quês que agradam.

Legal, legítimo, lícito, permitido

Usam-se essas palavras como se fossem sinônimos. Parecem, mas não são:
Legal: que está previsto em lei.
Legítimo: que emana da vontade popular, baseando-se no direito, na razão e na justiça.
Lícito: que não é proibido por lei; não é objeto de lei.
Permitido: que é autorizado por lei.

Há / A

Usa-se há para indicar tempo passado e nos sentidos de existir, ocorrer: Há muito tempo acontecem esses fatos. Há muita polêmica em torno do assunto.
Utiliza-se a:
Para indicar tempo futuro: Daqui a algum tempo saberemos a verdade. Daqui a pouco iniciará o jogo.
Para indicar distância: Isso ocorreu a cem metros da minha casa.

Aqui, aí, ali, lá

Quando se quer utilizar essas palavras para localizar em relação ao espaço geográfico, deve-se levar em conta que:
aqui: designa o lugar onde está quem fala ou escreve: aqui chove;
aí: indica o lugar de quem ouve ou lê: chove aí?;
ali e lá: servem para indicar outro lugar, afastado dos dois: estive em Brasília; ali (lá) está tudo tranqüilo.

Literalmente?

O candidato estava literalmente nervoso. Literalmente significa "transcrição por escrito, com todas as letras; fiel ao texto original, sem alterar palavra". É o caso da frase? Claro que não! Não se pode sequer imaginar alguém "literalmente" nervoso. É provável que o se tenha querido dizer que o candidato estava muito nervoso, o que seria correto.

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