segunda-feira, 28 de julho de 2008

Governo Federal abre inscrição para mais de mil vagas temporárias

Começa nesta segunda (28) a inscrição para 1.051 vagas temporárias no governo federal. O processo seletivo simplificado selecionará candidatos de nível médio e superior para dez órgãos.
São eles: Ministérios do Turismo; do Planejamento, Orçamento e Gestão; do Desenvolvimento Agrário; da Integração Nacional; e das Cidades; Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República; Funasa (Fundação Nacional da Saúde), Enap (Escola Nacional de Administração Pública); Iphan (Autarquia Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a Esaf (Escola de Administração Fazendária), que organiza a seleção. A maioria das vagas é para Brasília (DF), mas há postos em todas as capitais, além de Salgueiro e Floresta (PE), para a Integração Nacional, e Natividade (TO), para o Iphan.
Os contratos serão de dois, três ou quatro anos, estes últimos, prorrogáveis - de acordo com a vaga. Os cargos que pedem formação de nível médio ou técnica terão salário de R$ 1.700. Para nível superior, as remunerações são de R$ 3.800. Para os cargos de formação superior que exigem também experiência e/ou qualificação diferenciada, o pagamento será de R$ 5.000, R$ 6.130 e R$ 8.300, de acordo com o posto.
Para os cargos de nível médio, a seleção terá prova objetiva e análise curricular. Para as atividades de nível superior, haverá testes de conhecimentos gerais e específicos e também avaliação de currículo.
Inscrições
A inscrição será feita somente via Internet, no site da Esaf, organizadora do concurso, entre as 10h deste dia 28 de julho e as 18h de 8 de agosto (horário de Brasília). As taxas, dependendo do cargo disputado, são de R$ 40, R$ 80, R$ 90, R$ 100 e R$ 120.
O candidato poderá se inscrever para dois cargos -- de nível médio e superior --, porque que as provas serão realizadas em turnos diferentes.
Os exames devem ocorrer na data provável de 21 de setembro. Os locais de aplicação serão comunicados por meio do Cartão de Confirmação de Inscrição, que será enviado ao candidato, via correio, ou, na Web (durante os três dias que antecederem a realização dos testes). As provas serão aplicadas em todas as capitais do país.
Postos
No Turismo, há cem vagas para graduados, sendo oito para deficientes. O Ministério do Planejamento preencherá 42 vagas de nível superior na Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (três para a reserva de deficientes) e 213 vagas na Secretaria de Patrimônio da União (seis para portadores de deficiências).
O Ministério do Desenvolvimento Agrário conseguiu 86 vagas para graduado (duas para deficientes). O da Integração Nacional tem autorização para contratar 68 técnicos com formação universitária (quatro portadores de deficiências).
A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca tem 200 postos: 114 de nível médio com ampla concorrência e seis para deficientes; para nível superior são mais 80 (três para a reserva). A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) vai contratar 154 técnicos, com graduação (14 deficientes).
O Ministério das Cidades vai contratar por tempo determinado 123 profissionais com formação superior (sete portadores de deficiências).
O Iphan, ligado ao Ministério da Cultura, tem 40 vagas de técnico de nível superior (uma para a reserva). A Enap tem cinco cargos para graduados - uma para portadores de deficiências. E a ESAF abriu 20 postos para temporários de nível superior (um para deficiente).
Fonte: noticias.uol.com.br/empregos
Parabéns!!!!!

Saiu o resultado da UFERSA e como sempre, tem ex-aluno Integração lá. Parabéns e sucesso nesta nova empreitada. Os feras são:

Antonio Raimar do Vale Oliveira e Sousa – Ciências da Computação

Mychelanyo Crysthyan de Oliveira Dias – Ciência e Tecnologia

Getulio Arquimedes Gomes de Freitas – Administração

Klinger Jucier Targino Rodrigues – Ciência e Tecnologia

Ivina Mariana Duarte Marinho e Silva – Ciência e Tecnologia

domingo, 20 de julho de 2008

Mec prorroga prazo para pré-selecionados

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou mais uma vez o prazo para que os pré-selecionados na segunda chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni ) confirmem os seus dados nas instituições de ensino. O prazo venceria nesta sexta-feira (18), mas foi adiado para a próxima sexta-feira (25).
É a segunda vez que o MEC prorroga os prazos para os selecionados confirmarem os seus dados - a primeira vez foi para os candidatos convocados na primeira chamada do programa. A confirmação dos dados é necessária para que o candidato tenha direito de receber a bolsa de estudos.

A assessoria de imprensa da Secretaria da Educação Superior (Sesu) informou que a prorrogação ocorreu por conta de haver um número maior de bolsas ofertadas

terça-feira, 15 de julho de 2008

Incrições para o vestibular Eadcon

Estão abertas, até o dia 18, as inscrições para o vestibular da Eadcon, no Cursinho Integração.
As inscrições custam R$ 35,00 e poderão ser feitas na sede do cursinho, na rua Luis Jacinto de Oliveira, 195, a partir das 19h, ou pelo telefone 9111 3271.
Os cursos oferecidos são: Pedagogia, serviço Social, Análise de Sistemas, Administração, Ciências Contábeis, Letras e Matemática.
Prouni divulga convocados em segunda chamada
O Programa Universidade para Todos (ProUni ) do Ministério da Educação (MEC), do governo federal, divulgou nesta segunda-feira (14) a lista de pré-selecionados na segunda chamada para bolsas de estudos para o segundo semestre em instituições particulares.
Clique no link abaixo para consultar os selecionados: Convocados em 2ª chamada do ProUni Entre essa segunda-feira e o dia 18 de julho, os candidatos pré-selecionados devem comparecer às instituições nas quais foram selecionados para comprovar as informações prestadas durante a inscrição. A terceira chamada será anunciada no dia 24 de julho.

Segundo o MEC, neste processo seletivo, 208.181 candidatos se inscreveram para concorrer às 119.529 bolsas (45.198 integrais, 15.196 parciais e 28.882 adicionais -sem isenção de impostos para as instituições) que o ProUni oferece. Também são distribuídas 30.253 bolsas complementares de 25% do total da mensalidade. Mais informações podem ser obtidas no site www.mec.gov.br/prouni.

domingo, 13 de julho de 2008

Lugar comum prejudica redação

Entre os vícios de linguagem mais recorrentes, e que por esse motivo merecem atenção redobrada no processo de elaboração do texto, está o emprego de clichês, também conhecidos como "chavões" ou "lugares-comuns".

São termos ou expressões que, pela utilização excessiva e muitas vezes abusivas, apresentam-se bastante desgastados e com significado sedimentado pela repetição de idéias generalizantes ou estereotipadas.

Podemos apontar, como exemplo mais imediato, os provérbios ou ditos populares que são frases cunhadas na experiência que se tornaram emblema. Podem ser aplicadas às mais variadas situações do cotidiano de determinado grupo sócio-cultural, como "Quem vê cara não vê coração", "De cavalo dado não se olham os dentes", "Quanto maior a nau maior a tormenta" etc.
Evite estas expressões
Não se encontram expressões tão "batidas e repisadas" pelo emprego repetitivo somente na linguagem coloquial ou popular.

Se analisarmos com cuidado algumas citações de pensadores famosos, freqüentemente utilizadas em diferentes tipos de textos, até naqueles considerados mais rebuscados, é possível verificar que muitas deixaram há tempos de ser "originais", servindo apenas de recurso para "florear" ou "preencher" o texto ou mesmo para demonstrar falsa erudição.

Temos, como exemplos, "Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia" (Shakespeare, em sua obra Hamlet), "Só sei que nada sei" (Sócrates), "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena" (Fernando Pessoa), entre outras.

Certifique-se da autoriaSe você quiser mesmo fazer uma citação dessas, um cuidado: não erre a autoria. É gafe imperdoável escrever, como fez um estudante pré-vestibular, "'O homem é o lobo do homem', como dizia Maquiavel". Quem disse a frase, na verdade, foi o também filósofo Thomas Hobes

Além desse descuido, a citação encontrava-se fora de contexto, já que não era possível identificar claramente a relação estabelecida pelo autor entre a expressão citada e a temática do texto.
Conseqüentemente, em vez de erudição, o aluno acabou demonstrando falta de conhecimento sobre o tema; e "o tiro saiu pela culatra".

Clichês modernos
Outras expressões, apesar de nem tão antigas, já apareceram - e continuam aparecendo - de forma tão recorrente, sobretudo na mídia, que acabaram se tornando clichês.
Assim, se voltarmos a atenção para alguns artigos de jornais e revistas ou notícias veiculadas pelos telejornais, não será muito difícil encontrar frases "formulares" do tipo:

"Chega ao fim a novela da negociação de Ronaldo para o Milan da Itália."
"Uma das mulheres mais belas de todos os tempos."
"O sonho do hexa virou pesadelo."
"Desde os primórdios a cobiça (...)"
"O país é uma das maiores economias do mundo."
"O racismo é uma chaga social (...)"
"Fechar com chave de ouro"
"O homem foi encontrado em petição de miséria"
"Ressurge o fantasma do autoritarismo (...)"
"Agora é preciso colocar a casa em ordem"
"Voltar à estaca zero"
"Amarga decepção"
"Calorosa recepção"
"Crítica construtiva"
"Deixamos para trás os tempos de inflação galopante"
"Foi desbaratada a quadrilha (...)"
"Será preciso correr atrás do prejuízo (...)"
"A atleta já está de passaporte carimbado para as Olimpíadas."
"Guga encerrou o torneio em grande estilo."
"Esta é mais uma obra faraônica"

Emprego inadequado ou abusivo
O emprego inadequado ou abusivo de tais expressões pode, portanto, comprometer tanto a construção de sentido do texto quanto a imagem do autor, uma vez que se revelam a ausência de originalidade e de domínio do repertório lingüístico próprio ao tratamento do tema e, ainda, certa limitação no que se refere ao conhecimento de mundo do escritor.

É evidente que essas expressões, quando utilizadas de forma original e contextualizada, podem ser muito úteis no processo de elaboração do texto, mas para isso é necessário tornar-se um escritor proficiente, capaz de manipular de maneira eficiente sutilezas semântico-estilísticas, como a ironia e a metáfora.

Para atingir esse grau de competência, no entanto, as habilidades lingüísticas devem ser desenvolvidas por meio da leitura e da interpretação de textos cada vez mais complexos, dos mais variados gêneros discursivos, e com uma prática contínua de atividades tanto orais quanto escritas. E exige do estudante dedicação e disciplina.
Fonte: www.educacao.uol.com.br/portugues

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Pleonasmo: "vício" ou estilo?

Não é raro ouvirmos que alguém "subiu lá em cima" ou "saiu lá fora". Certamente, reconhecemos tais formas como viciosas, e, muitas vezes, elas se transformam em motivo de riso. No nível culto da língua, são inadmissíveis. Que pensar de alguém que tenha sofrido uma "hemorragia de sangue" ou participado de um "plebiscito popular"? A esse tipo de construção chamamos pleonasmo, palavra grega que significa superabundância.
Quantas vezes já ouvimos alguém dizer que houve um "consenso geral"? Ora, consenso é a opinião geral. É o mesmo problema que ocorre com a "opinião individual de cada um" e com a "unanimidade de todos". "Encarar cara a cara", "repetir de novo", "enfrentar de frente" são tão redundantes quanto o "erário público" e o "vereador municipal".
Se esses pleonasmos beiram o ridículo, outros há no idioma perfeitamente aceitáveis. São comuns, em bons escritores, construções com duplo objeto, de grande poder expressivo. Em uma frase como: "A carta, não a recebi", o objeto direto é anteposto (a carta) e repetido depois como pronome oblíquo ("a"). A este chamamos objeto direto pleonástico. A frase ficou muito mais enfática que: "Não recebi a carta".
Quem já não ouviu falar que alguém "viveu uma vida de cão" ou "dormiu o sono dos justos"? Nessas frases, ocorre o que se conhece, gramaticalmente, como objeto direto interno. Um verbo intransitivo adquire transitividade e tem o seu objeto direto representado por um núcleo semanticamente ligado a ele, acrescido de um qualificativo. O uso do adjetivo ou da locução adjetiva torna único aquilo que pareceria óbvio.
Há outras construções pleonásticas também aceitas, como é o caso da dupla negativa, em frases do tipo: "Não disse nada" ou "Não havia nenhuma pessoa lá". Mais elegantes, entretanto, soam as formas: "Nada disse" ou "Não havia pessoa alguma lá". Note que o pronome indefinido "algum", posposto ao substantivo, assume valor negativo.
Como você pode perceber, nem sempre o pleonasmo é um vício de linguagem. Vezes há em que é um poderoso recurso de estilo. No belo "Soneto da Fidelidade", diz Vinicius de Morais: "De tudo, ao meu amor serei atento/ Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto/ (...) E em seu louvor hei de espalhar meu canto/ E rir meu riso e derramar meu pranto (...)".
Em Manuel Bandeira, no "Poema Só para Jaime Ovalle", lemos: "Chovia uma triste chuva de resignação". O limite entre o "defeito" e o estilo pode parecer tênue. Mas, com um pouco de sensibilidade, fica fácil distinguir um do outro.
Fonte: www.vestibular.uol.com.br/redacao
Reflexão superficial compromete texto


A dissertação é um texto reflexivo, cuja estrutura se presta por natureza à expressão da pinião. Mas nem por isso o candidato deve posicionar-se de modo pessoal. Ao contrário disso, a impessoalidade é apreciada, pois o encadeamento lógico das idéias é que deve conduzir o leitor à conclusão pretendida. Assim, melhor seria omitir a expressão "creio que".
Na introdução, constatou-se que todos sofremos influência dos que nos cercam, o que está implícito no tema dado. Perdeu-se a oportunidade de mostrar um ponto de vista crítico que conduzisse o raciocínio.O uso de palavras como "começando" e "terminando" denuncia certa dificuldade de estabelecer a coesão entre as partes do texto.
A desvalorização dos professores na sociedade é uma realidade, mas é perigoso afirmar que "são incapazes de nos transmitir muitos conhecimentos". As generalizações fragilizam a argumentação.A expressão "mal treinados" poderia ser substituída por "mal preparados", já que a atividade de um professor pressupõe formação, e não mero treinamento para uma função.
A influência dos pais não foi analisada. Que valores transmitiram aos jovens de hoje? Considerar os políticos "antimodelos" faz pressupor a existência de um modelo. É temerário o raciocínio de que se pode aprender o certo através do errado -no limite, uma contradição. Faltou assumir uma posição diante do problema.
www.vestibular.uol.com.br/redacao

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Enem reabre inscrições pela internet

Os candidatos que perderam o prazo de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem ) de 2008 poderão se inscrever exclusivamente pela internet a partir das 8h desta segunda-feira (7).

O prazo foi prorrogado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) por causa da grande procura de alunos que haviam perdido o prazo de inscrição inicial (que terminou em 13 de junho). Os interessados têm até as 23h59 de sexta-feira (11) para efetivar a inscrição. O pagamento da taxa de R$ 35 poderá ser efetuado até segunda-feira (14).

Segundo o Inep, 1,2 milhões de estudantes fizeram a inscrição pela internet até o dia 17 de junho. No ano anterior, cerca de 907 mil candidatos fizeram a inscrição pela internet.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Cartão de inscrição do Enem será enviado até o dia 18 de agosto
O MEC (Ministério da Educação) vai enviar aos estudantes inscritos no Enem 2008 (Exame Nacional do Ensino Médio), até o dia 18 de agosto, o cartão de confirmação que informará o local de prova.
Se não receber até essa data, o inscrito deverá procurar uma agência dos Correios ou acessar a página do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) para consultar a o local onde fará o exame.
As provas serão aplicadas no dia 31 de agosto, em cerca de 1.400 municípios. A expectativa do Inep é a de que, pelo menos, 3 milhões de estudantes de escolas públicas e particulares participem dos testes.
Serão 63 questões objetivas de múltipla escolha sobre diversas áreas de conhecimento, além de uma redação. O estudante terá cinco horas para responder o exame.

"Todas empresas" ou "todas as empresas"?

"O Ministério Público Federal questionou a concessão de empréstimo para a privatização da Eletropaulo, sob a alegação de que o BNDES avaliou o risco de praticamente todas empresas envolvidas na operação, mas não da Light, a empresa que efetivamente ficou com o controle da estatal paulista."
No trecho acima, o redator comete um equívoco ao omitir o artigo definido "as" que deveria anteceder o substantivo "empresas". A questão é simples: quando os pronomes "todos" e "todas" (assim, no plural) antecedem substantivos, o uso do artigo é obrigatório.
É quase certo que a origem da confusão esteja na distinção entre construções como "todo dia" e "todo o dia", ambas corretas, mas com significados diferentes. Sem o artigo, "todo" assume o valor semântico aproximado de "qualquer" (vale lembrar a letra da canção de Chico Buarque: "Todo dia, ela faz tudo sempre igual..."); com o artigo, "todo", grosso modo, quer dizer "inteiro", ou seja, mantém a idéia de totalidade.
Assim: "Todo dia, ela faz ginástica" (ela faz ginástica todos os dias, sem exceção, é essa a sua rotina), mas "Ela fez ginástica todo o dia" (ela passou o dia inteiro fazendo ginástica - que fôlego!). Note que, nesse caso, é possível inverter a posição dos termos sem alteração de sentido, ou seja, "todo o dia" é o mesmo que "o dia todo".
Essa distinção, entretanto, inexiste no plural. Muita atenção, portanto, ao emprego do artigo depois de "todos" e de "todas".
Caso antecedam pronomes pessoais ou numerais substantivos, esses pronomes não aceitarão a posposição do artigo pelo simples fato de que os pronomes pessoais e os numerais substantivos não são determinados por artigos ("Todos eles estiveram lá", "Todos quatro negaram participação no roubo"), mas, se antecederem numerais adjetivos, o artigo voltará a aparecer ("Todos os quatro assaltantes foram presos"), pois o artigo determina o substantivo que vem depois do numeral ("os... assaltantes").
O leitor observador notará ainda que faltou um pronome demonstrativo no trecho "mas não da Light", talvez fruto de distração. Veja que, segundo o texto, o BNDES avaliou o risco de praticamente todas (as) empresas, mas não (o) da Light. Esse "o" não é um artigo, mas o pronome demonstrativo que substitui a palavra "risco", permitindo, assim, que se evite uma indesejada repetição de termo anterior.
No fragmento em questão, o correto seria dizer que o BNDES avaliou o risco de praticamente todas as empresas envolvidas na operação, mas não o da Light.
Fonte: www.educacao.uol.com.br
"Este" ou "neste"?

"Este ano, a situação se repete. Dos R$ 8,5 bilhões previstos para as reguladoras, somente R$ 336,8 milhões foram aplicados nos primeiros seis meses, ou seja, 4% da verba total."

O assunto da notícia eram as restrições orçamentárias sofridas pelas agências reguladoras federais. Muito bem. Do ponto de vista gramatical, o que merece o comentário de hoje é o emprego do pronome "este" na expressão "este ano", que encabeça o parágrafo selecionado.

Segundo o texto, a tal situação repete-se em algum momento - e o momento em questão é o ano em que estamos. Emprega-se corretamente o pronome demonstrativo "este", mas falta a preposição ("em") que indica ser a expressão um adjunto adverbial de tempo, não o sujeito da oração.

O ideal, portanto, seria o seguinte: "Neste ano, a situação se repete". Na linguagem informal, de fato, é corriqueira a omissão dessa preposição, mas, do ponto de vista da norma culta do idioma, ela é necessária, pois opera uma distinção importante.

Veja a diferença entre as seguintes frases: "Esta noite será inesquecível" e "Nesta noite, vivemos momentos inesquecíveis".No primeiro caso, "esta noite" é o sujeito da oração, ou seja, é sobre essa expressão que incide o predicado ("será inesquecível").

No segundo, "nesta noite" é a circunstância de tempo (adjunto adverbial) em que se desenrola uma ação (a de "viver momentos inesquecíveis").Uma dica: a expressão que responde à pergunta "quando?" requer a preposição "em"; a que responde às perguntas "quê?" ou "quem?" não.

Fonte: www.educacao.uol.com.br

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Dicas de Redação:
Coesão

Promovendo o sentido entre as idéias que formam um texto, a coesão relaciona-se às peças que interligam o texto, como conjunções, preposições e pronomes. A coesão é a organização entre os elementos que articulam as idéias de um texto. Exemplo:
Não coeso: Ele é muito estudioso, porém sempre tira notas boas.
Coeso: Ele é muito estudioso, por isso sempre tira notas boas.
No primeiro fragmento, o elemento que articula as duas idéias dá o sentido de contradição, sendo que o sentido é de conseqüência. Porém, deu noção de contradição e Por Isso, de conseqüência.
Coerência

A coerência é a lógica entre as idéias expostas em um texto. Para se manter coerente, basta saber que a idéia apresentada deve se relacionar ao todo textual, com a seqüência das demais idéias, com a progressão dos argumentos e afirmativas que vêm a ser explicadas. Facilite o processo posicionando-se como leitor de seu próprio texto. Mantenha uma visão crítica, procurando possíveis erros. Assim, você poderá se auto-corrigir e, com certeza, sua produção ficará bem melhor.
Exemplo incoerente: O carro era adequado para as viagens de nossa família. Havia várias malas em meus pés.
Exercícios

01. A frase em que os vocábulos sublinhados pertencem à mesma classe gramatical, exercem a mesma função sintática e têm significado diferente é:
a) Curta o curta: aproveite o feriado para assistir ao festival de curta-metragem.
b) O novo novo: será que tudo já foi feito antes?
c) O carro popular a 12.000 reais está longe de ser popular.
d) É trágico verificar que, na televisão brasileira, só o trágico é que faz sucesso.
e) O Brasil será um grande parceiro e não apenas um parceiro grande.

02.
Um dos traços marcantes do atual período histórico é (...) o papel verdadeiramente despótico da informação. (...) As novas condições técnicas deveriam permitir a ampliação do conhecimento do planeta, dos objetos que o formam, das sociedades que o habitam e dos homens em sua realidade intrínseca. Todavia, nas condições atuais, as técnicas da informação são principalmente utilizadas por um punhado de atores em função de seus objetivos particulares. Essas técnicas da informação (por enquanto) são apropriadas por alguns Estados e por algumas empresas, aprofundando assim os processos de criação de desigualdades. É desse modo que a periferia do sistema capitalista acaba se tornando ainda mais periférica, seja porque não dispõe totalmente dos novos meios de produção, seja porque lhe escapa a possibilidade de controle.
O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. (Milton Santos, Por uma outra globalização)

Observe os sinônimos indicados entre parênteses:

I. “o papel verdadeiramente despótico (= tirânico) da informação”;
II. “dos homens em sua realidade intrínseca (= inerente)”;
III. “são apropriadas (= adequadas) por alguns Estados”.

Considerando-se o texto, a equivalência sinonímica está correta APENAS em:

a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III

03. (FUVEST) Assinale a alternativa em que está correta a forma plural:

a) júnior – júniors
b) mal – maus
c) fuzil – fuzíveis
d) gavião – gaviães
e) atlas – atlas

04. Em que alternativa aparecem dois substantivos do gênero masculino?

a) cal, dinamite
b) lança-perfume, champanha
c) alface, telefonema
d) gengibre, omoplata
e) formicida, sentinela

05. (FUVEST)
Além de parecer não ter rotação, a Terra parece também estar imóvel no meio dos céus. Ptolomeu dá argumentos astronômicos para tentar mostrar isso. Para entender esses argumentos, é necessário lembrar que, na antiguidade, imaginava-se que todas as estrelas (mas não os planetas) estavam distribuídas sobre uma superfície esférica, cujo raio não parecia muito superior à distância da Terra aos planetas. Suponhamos agora que a Terra esteja no centro da esfera das estrelas. Neste caso, o céu visível à noite deve abranger, de cada vez, exatamente a metade da esfera das estrelas. E assim parece realmente ocorrer: em qualquer noite, de horizonte a horizonte, é possível contemplar, a cada instante, a metade do zodíaco. Se, no entanto, a Terra estivesse longe do centro da esfera estelar, então o campo de visão à noite não seria, em geral, a metade da esfera: poderíamos ver mais da metade, outras vezes poderíamos ver menos da metade, de horizonte a horizonte. Portanto, a evidência astronômica parece indicar que a Terra está no centro da esfera de estrelas. E se ela está sempre no centro, ela não se move em relação às estrelas.
(Roberto de A. Martins, Introdução geral ao Commentariolus de Nicolau Copernico)

Os termos além de, no entanto, então, portanto estabelecem, no texto, relações, respectivamente, de:

a) distanciamento – objeção – tempo – efeito
b) adição – objeção – tempo – conclusão
c) distanciamento – conseqüência – conclusão – efeito
d) distanciamento – oposição – tempo – conseqüência
e) adição – oposição – conseqüência – conclusão

6. Considerando a relação lógica existente entre os dois segmentos dos provérbios adiante citados, o espaço
pontilhado NÃO poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas, apenas em:

a) Morre o homem, (...) fica a fama.
b) Reino com novo rei, (...) povo com nova lei.
c) Por fora bela viola, (...) por dentro pão bolorento.
d) Amigos, amigos! (...) negócios à parte.
e) A palavra é de prata, (...) o silêncio é de ouro.

7. (ESPM-SP) Preencha os espaços com sessão, seção, secção ou cessão.

“Durante a ____________ parlamentar, uma ____________ do partido do Governo se manifestou contrária à _____________ de terra a imigrantes do Japão.”

Texto para a questão 8

Só os roçados da morte
compensam aqui cultivar,
e cultivá-los é fácil:
simples questão de plantar;
não se precisa de limpa,
de adubar nem de regar;
as estiagens e as pragas
fazem-nos mais prosperar;
e dão lucro imediato;
nem é preciso esperar
pela colheita: recebe-se
na hora mesma de semear.
(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)

8. Substituindo-se os dois-pontos por uma conjunção, em “(...) pela colheita: recebe-se (...)”, mantém-se o sentido do texto APENAS em “(...) pela colheita,

a) embora de receba (...)”
b) ou se recebe (...)”
c) ainda que se receba (...)”
d) já que se recebe (...)”
e) portanto se recebe (...)”

9. As frases a seguir estão dispostas aos pares.
Leia-as com atenção e assinale a alternativa em que haja erro no emprego das palavras ou expressões destacadas.

I. Pedro mora naquela casa há cerca de dois anos.
Falamos bastante acerca de prostituição infantil
II. Aquele aluno falava demais durante as aulas.
Necessito de mais paciência para lidar com eles.
III. Preciso sair agora, se não perderei o ônibus.
Senão me ajudares, terei que recorrer a outra pessoa.

a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III

10. A alternativa em que aparece uma palavra incorretamente grafada é:

a) pretensioso, quisesse, catálise
b) ascenção, mexerico, jiló
c) exceção, sarjeta, acesso
d) assessor, prazeroso, marquesa
e) encaixar, pesquisar, surdez

Gabarito:
1- E
2- D
3- E
4- B
5- E
6- B
7- RESOLUÇÃO: sessão, seção (ou secção), cessão.
8- D
9- C
10- B