quarta-feira, 11 de junho de 2008

Melhorou, mas está péssimo

O ranking de qualidade do ensino (Ideb) divulgado pelo Ministério da Educação pode ser comemorado porque se atingiu uma meta prevista para 2009. Mas ninguém pode ser iludir --o resultado é péssimo. Terrivelmente péssimo: os jovens saem da escola, no final do ensino médio, ser saber ler e escrever direito.

A melhoria pode ser atribuída a uma série de fatores: 1)os esforços de governos para formar os professores e aprimorar os currículos; 2) a valorização das metas; 4) pressões de toda a sociedade para evitar o abandono; 4) por questões demográficas, há menor taxa de natalidade, logo menos pressões por matrícula no ensino fundamental.

Há quem argumente (e com razão) que a meta estabelecida para 2007 era baixa. Com isso, se facilitou o pulo para 2009.

Nosso drama é que existe uma corrida. Fixamos para 2022 atingirmos a meta dos países desenvolvimento. Só que, nesse ano, esses países estarão mais avançados ainda.

A grande notícia, essa sim extraordinária, é como a educação brasileira está aprendendo a acompanhar qualidade de ensino --esse tipo de indicador é o que vai municiar a pressão crescente dos cidadãos.

Gilberto Dimenstein, 48, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha.

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