sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Como aprender gramática

A maioria das pessoas que chega à universidade costuma ter problemas com a gramática — sabem um pouco, sabem mais ou menos ou têm algumas dúvidas. Poucas dominam as regras. Uma das razões para isso é a de que a gramática nem sempre é ensinada no momento adequado e as crianças acabam tendo uma experiência negativa com seu estudo. Além das limitações naturais das crianças, o problema muitas vezes é agravado pela inabilidade dos professores — geralmente presos a um currículo rígido. O fato é que a maioria das pessoas ainda guarda a impressão de que gramática é uma porção de regras chatas que precisam ser decoradas. Mas não é nada disso.
Há lógica nas normas gramaticais e uma coerência fascinante, que é, aliás, a própria beleza da língua.

O medo do erro

Muita gente não gosta de ser corrigida, fica constrangida. Em geral, esse sentimento acaba provocando uma aversão por escrever. Mas redigir não pode ser causa de sofrimento, principalmente em função da correção gramatical. Errar faz parte de qualquer atividade criativa, mas é preciso trabalhar — prestar atenção no que se lê e no que se escreve, procurar tirar as dúvidas, quando elas aparecem, ou estudar a gramática para valer — se quiser evitar erros recorrentes.

Um modo prático de aprender

Tenha sempre ao seu alcance uma gramática. Quando tiver dúvidas, olhe o índice e faça sua consulta. Às vezes, um bom dicionário é o suficiente. Aos poucos, as normas gramaticais vão se incorporando à sua prática. Ainda que você não memorize todas as regras, o princípio da correção vai se fixando naturalmente.

Para lembrar:

Em caso de dúvida entre "chutar" a grafia de uma palavra ou uma determinada acentuação, não hesite, consulte a gramática.
Pesquisando os índices de erros e acertos nos "chutes" feitos por seus alunos, alguns professores de cursinho concluíram que as taxas de erros variavam entre 70% e 90%. Ou seja, a tendência é "chutar" errado. Mais uma razão para reforçar a idéia de que consultar a gramática deve ser um hábito para quem escreve.

Empatia com a gramática

Há livros de gramática para todos os gostos. Algumas gramáticas são completas, minuciosas, aprofundadas. Outras são simplificadas, trazem os assuntos "mastigados" e resumem-se ao essencial. Escolha a que achar mais adequada ao seu interesse ou a que tenha uma linguagem com a qual você se identifique.

Domínio da língua

Você já sabe o essencial da gramática, na medida em que domina a língua que fala e escreve. Se deseja aperfeiçoar esse domínio, deve prestar atenção aos seus pontos fracos, procurando contorná-los. É importante evitar falhas que tirem o brilho de sua expressão e diminuam o impacto que o leitor pode ter com seu texto.
Uma pessoa que redige bem tem mais clareza de suas idéias e mais segurança em suas afirmações. As falhas gramaticais podem ser um entrave para isso.

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