terça-feira, 26 de junho de 2007

Não há vírgulas entre o sujeito e seu predicado

Envolvidos pelo prazer de escrever, normalmente usamos a vírgula como o fazemos com uma metralhadora fora do controle. Aliás, o uso da vírgula terá um capítulo a parte netas nossas dicas. Porém, entre o Sujeito (ser físico ou imaginário que executa, atua, ou desenvolve a ação do verbo ou assume alguma qualidade na oração) e seu Predicado (ação praticada ou qualidade expressa do Sujeito) não há Vírgulas, em hipótese alguma.
Errado:
Os homens e suas ações, constituem o bem ou mal do mundo.
Observe que há uma atitude na oração: constituir, que é um verbo. Alguém produziu esta ação e este alguém é o Sujeito ("Os homens e suas ações", no caso). A Vírgula colocada no exemplo, em verdade, não existe. Representa claro equívoco.
Certo:
Os homens e suas ações constituem o bem ou mal do mundo.
Errado:
Os homens e suas ações filhos de Deus e filhas dos homens, são o bem ou mal do mundo.
Quando você estrutura a oração com estilo pessoal, usando inversões de sujeito/predicado, apostos, vocativos, etc, deverá tornar clara a posição do termos de composição da oração. No caso acima, "filhos de Deus e filhas dos homens" é um aposto (particularidade identificadora do Sujeito) que foi usado como subterfúgio de estilo de redação.
Neste caso, deve estar entre vírgulas, o que não quer dizer que o Sujeito esteja separado por VÍRGULAS do Predicado.
Certo:
Os homens e suas ações, filhos de Deus e filhas dos homens, são o bem ou mal do mundo.

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