sábado, 21 de abril de 2007

RACIOCINAR É PRECISO

As famosas "pegadinhas" não existem mais, agora são mitos. As questões dos últimos vestibulares estão mais bem elaboradas e exigem interpretação de texto e raciocínio lógico dos candidatos a vagas em universidades.
Para ser aprovado hoje em dia, o aluno deve ter uma visão geral ante a particularizada. Aquele que tem e forma categorias de entendimento e não se pauta em técnicas de memorização e é o que se sobressai.
A rotina da grande maioria dos vestibulandos acaba se resumindo apenas às salas de aulas dos cursinhos preparatórios e ao tempo reservado aos estudos no lar. Para muitos, para chegar lá, terão que passar por uma prova de fogo: o raciocínio. Excesso de estudo pode prejudicar rendimento de vestibulandos e fazer com que seu raciocínio fique lento ou deficiente.
Sem contar que estudar demais prejudica rendimento de vestibulando. Alguns conseguem superar esse desafio numa boa. Geralmente é aquele tipo de aluno que troca idéias com seus amigos, cria grupos de estudos, são atenciosos em sala de aula e participa de atividades esportivas e culturais, lideram trabalhos em grupos sendo participativos. Até pelo estilo de vida que levam, "desencanados", conseguem raciocinar mais facilmente.
Principalmente no que diz respeito às disciplinas de Química, Física e Matemática. As provas não pedem mais aplicação direta de fórmulas, ao mesmo tempo em que os textos não são mais de difícil compreensão, pelo contrário. O que falta é raciocínio lógico ao aluno.
O vestibulando deve entender o que está fazendo e saber aplicar a devida fórmula nos exercícios, não adianta apenas decorar. O aluno precisa aprender a retirar do texto os dados para utilizar a fórmula. Geralmente o aluno tem as fórmulas à sua disposição e não consegue usá-las, o que dificulta a resolução das questões. Há uma lógica na elaboração de provas de vestibular. Não adiantam o candidato, de manhã, freqüentar as aulas do colégio, à noite, as aulas do cursinho.
À tarde, durante a semana, fazer inglês e curso de redação. Isso sem falar nas aulas extras à tarde que o colégio proporciona, provas, simulados, trabalhos, resenhas, etc. Para os especialistas no assunto, essa chamada "maratona" dos estudos, somada à ansiedade e ao nervosismo, traz muitos danos à saúde e ao rendimento dos alunos.
Os estudantes estão sujeitos a grandes pressões em um ano de vestibular e, com isso, as tensões mentais e emocionais acabam ocorrendo com maior freqüência bloqueando o raciocínio. É preciso muito cuidado nestes momentos, como a de enfrentar um vestibular, pois a ansiedade pode ser ainda maior.
A falta de garantia do que irá acontecer no futuro, somada às expectativas pessoais e à pressão que a família exerce no aluno, podem ser as causas do estresse nos vestibulandos. Se não souber controlar a ansiedade, pode sabotar o próprio desempenho.
Nas provas, a preocupação com o tempo à vezes faz com que o candidato que não queria perder três minutos a mais para ler, perca seis minutos depois que pulou do início para o fim e voltou sem tê-la resolvido. Sabe-se que quase sempre as primeiras questões são mais simples e rápidas.
Existe nos grandes vestibulares também uma tendência de evoluir para um raciocínio mais profundo. As últimas questões geralmente são trabalhosas, porém mecânicas. Isso dá ao examinado a sensação de que são mais fáceis.
Assim também nos simulados, mais vale selecionar as melhores questões, as que envolvem mais raciocínio lógico, que requerem mais tempo, do que pela quantidade. Os simulados são de extrema importância no sentido de dar agilidade e a condicionar o aluno para uma prova raciocinada.
O importante é saber lidar com ela. Existem algumas saídas para tentar amenizar o problema. Alguns pensam que estudando 10/12 horas por dia, serão aprovados. Não é verdade. Deve sobrar tempo para o lazer e outras atividades, priorizando o raciocínio lógico, e não a "decoreba".
Carlos Rocha (www.vestibular1.com.br)

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